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Santos empata com CRB em jogo na Vila Belmiro pela Copa do Brasil

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Na noite de 1º de maio de 2025, a Vila Belmiro foi palco de um confronto repleto de tensão
entre Santos e CRB pela terceira fase da Copa do Brasil. A partida, válida pelo jogo de ida,
terminou empatada em 1 a 1, frustrando os planos do Peixe de construir uma vantagem em
casa. O duelo foi marcado por momentos de pressão, uma expulsão que mudou a dinâmica
do jogo, defesas impressionantes do goleiro Brazão e uma arbitragem que gerou
controvérsias. O CRB, mesmo jogando fora de casa, mostrou personalidade, enquanto o
Santos oscilou entre lampejos de bom futebol e sinais de desorganização tática.


A partida começou com ritmo acelerado e os dois times demonstrando vontade de propor o
jogo. Logo o CRB abriu o placar, aproveitando um vacilo defensivo do time da casa. A
resposta santista veio ainda no primeiro tempo, após bela jogada individual. A partir daí, o
confronto ficou truncado, com muitas faltas e erros de passe. A torcida santista, que
compareceu em bom número ao estádio, foi da euforia à apreensão ao ver a equipe ter um
jogador expulso no segundo tempo. Com o empate, o Santos terá que buscar um bom
resultado no jogo de volta, fora de casa, enquanto o CRB sai fortalecido pelo desempenho
competitivo diante de um adversário de maior tradição. A igualdade no marcador refletiu
bem o que foi o jogo: um duelo disputado, equilibrado e ainda aberto.


PRESSÃO EM CIMA DO SANTOS
Desde os primeiros minutos, ficou claro que a noite não seria tranquila para o Santos. O
CRB entrou em campo com postura agressiva, marcando alto e dificultando a saída de bola
santista. A estratégia dos alagoanos surtiu efeito, e o time da casa demorou a encontrar seu
ritmo.
Mesmo após o gol sofrido, o Santos não conseguiu assumir o controle da partida com
solidez. O CRB manteve sua postura agressiva, com marcação firme e contra-ataques
rápidos. O setor de meio-campo do Peixe sofreu para criar jogadas, e as tentativas
ofensivas esbarravam na defesa bem postada dos visitantes. A pressão aumentava não só
dentro de campo, mas também fora dele, com vaias surgindo nas arquibancadas a cada
passe errado ou lance desperdiçado. O gol de empate, trouxe um breve alívio, mas não
apagou a sensação de que o time alvinegro estava sendo dominado taticamente. O primeiro
tempo terminou com o Santos em desvantagem em termos de volume de jogo, mesmo com
o placar empatado. A pressão crescia, principalmente pela expectativa de vitória em casa e
pela necessidade de avançar na competição para aliviar o momento instável.


EXPULSÃO
O momento decisivo da partida veio quando o jogador santista foi expulso após receber o
segundo cartão amarelo. O lance ocorreu após uma entrada dura no meio de campo, em
uma jogada que poderia ser evitada. A expulsão mudou completamente a dinâmica do jogo,
obrigando o Santos a se reorganizar defensivamente e abdicar de uma postura mais
ofensiva. visivelmente incomodado, precisou sacrificar um atacante para recompor a linha
de defesa, e o time passou a jogar com uma linha de cinco atrás, apostando em
contra-ataques esporádicos. O CRB, por sua vez, viu uma oportunidade de ouro para tentar
vencer a partida fora de casa e passou a pressionar ainda mais. O meio-campo do Peixe praticamente desapareceu, e os atacantes ficaram isolados.

O jogo ganhou contornos dramáticos, com a torcida aflita e os jogadores visivelmente
nervosos. A arbitragem foi bastante exigida, principalmente após a expulsão, com os
ânimos se exaltando em campo e reclamações de ambos os lados.


BRAZÃO EVITA DEROTA

Se o Santos não saiu derrotado da Vila Belmiro, grande parte do mérito vai para o goleiro
Gabriel Brazão. O camisa 1 teve atuação impecável e protagonizou defesas espetaculares,
sendo, sem dúvida, o melhor em campo. Durante o segundo tempo, com o Santos em
desvantagem numérica, o CRB criou várias chances claras, mas esbarrou repetidamente no
talento de Brazão. Em pelo menos três oportunidades, ele salvou o time santista com
reflexos impressionantes, incluindo uma defesa à queima-roupa. A segurança transmitida
por Brazão foi fundamental para evitar que a equipe desmoronasse após a expulsão.


O ápice da atuação de Brazão veio já nos acréscimos, quando o árbitro marcou um pênalti
a favor do CRB . A tensão tomou conta da Vila Belmiro, e muitos já imaginavam uma
derrota no apagar das luzes. O CRB foi para a cobrança, mas parou em Brazão, que saltou
no canto e defendeu firme, sem rebote. O estádio explodiu em comemoração como se fosse
um gol santista. Com a defesa, Brazão consolidou sua noite heroica e garantiu ao menos o
empate. Sua atuação não só salvou o Santos da derrota como pode ser um ponto de virada
em sua trajetória no clube, conquistando de vez a confiança da torcida. O goleiro mostrou
que, mesmo em meio à turbulência, ainda há peças no elenco capazes de fazer a diferença
em momentos decisivos.


JOGO ABERTO E PRESSÃO PARA A VOLTA
Com o empate em 1 a 1, a decisão da vaga ficou totalmente aberta para o jogo de volta,
que acontecerá em Maceió. O Santos terá que encarar um ambiente hostil e um adversário
motivado, além de lidar com desfalques importantes como Neymar. A pressão é grande
sobre o técnico , que precisa dar respostas rápidas em termos de desempenho e
resultados. Uma eliminação precoce na Copa do Brasil seria desastrosa para o
planejamento do clube, especialmente em um ano de reconstrução após o rebaixamento no
Brasileirão de 2023. O time santista terá que mostrar maturidade, foco e muito mais
organização se quiser sair de Alagoas com a classificação. A atuação na Vila Belmiro
acendeu o alerta, mas também mostrou que há potencial — desde que bem trabalhado.
Por outro lado, o CRB sai da partida fortalecido. O time alagoano mostrou que pode
competir de igual para igual com equipes da Série A, especialmente quando explora bem
seus pontos fortes, como a intensidade na marcação e a solidez defensiva. A equipe terá o
apoio de sua torcida .

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Cléber Xavier é demitido após goleada histórica para o Vasco: Santos inicia busca por novo treinador

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O futebol brasileiro foi sacudido neste domingo com uma notícia que muitos já previam, mas poucos esperavam que viesse de forma tão rápida e contundente. Após sofrer uma goleada humilhante por 6 a 0 contra o Vasco da Gama, o técnico Cléber Xavier foi oficialmente demitido do comando do Santos Futebol Clube. A decisão foi tomada ainda nos vestiários e anunciada pela diretoria horas depois do apito final. A combinação de resultado histórico, falhas coletivas gritantes e pressão intensa da torcida foi determinante para encerrar uma passagem que durou pouco mais de três meses.

A goleada que entrou para a história

Perder nunca é fácil, mas a forma como o Santos foi atropelado pelo Vasco chamou atenção até dos adversários. Logo nos primeiros minutos, o time alvinegro já demonstrava desorganização defensiva e falta de compactação. O Vasco aproveitou com intensidade, explorando os lados do campo e pressionando a saída de bola santista.

O desgaste interno e a pressão insustentável

Embora a goleada tenha acelerado a demissão, a saída de Cléber Xavier já estava no radar da diretoria. O ambiente no vestiário vinha se deteriorando nas últimas semanas. Jogadores experientes questionavam as constantes mudanças de escalação e a falta de um padrão tático claro. Alguns relatos apontam para treinos considerados “confusos” e “pouco produtivos”, o que gerou desconforto interno.

Quando o apito final decretou a goleada por 6 a 0, não havia mais espaço para discursos. O desgaste havia ultrapassado o ponto de retorno. A diretoria, pressionada por protestos dentro e fora do estádio, optou pela demissão imediata como forma de tentar estancar a crise.

Análise tática: onde o Santos falhou

Um dos pontos mais criticados da gestão de Cléber Xavier foi a falta de consistência tática. Contra o Vasco, os erros ficaram ainda mais evidentes. A equipe entrou em campo com uma postura reativa, tentando se defender em bloco baixo, mas sem a compactação necessária. Isso abriu espaços para infiltrações rápidas e jogadas de velocidade do adversário.

O meio-campo praticamente não funcionou. Sem um articulador, o Santos não conseguiu reter a bola nem construir jogadas ofensivas. O ataque, isolado, pouco produziu — foram apenas duas finalizações em 90 minutos, ambas sem perigo.

Defensivamente, a equipe apresentou falhas individuais e coletivas. O Vasco explorou principalmente os lados do campo, vencendo os duelos contra os laterais santistas e cruzando com facilidade. A cada erro de posicionamento, a rede balançava. A sensação era de que, se o jogo tivesse mais tempo, o placar poderia ser ainda mais elástico.

Essa falta de organização não era novidade. Ao longo da temporada, o Santos já havia sofrido com desatenções defensivas e dificuldade de propor o jogo. 

O legado de Cléber Xavier no Santos

Apesar da saída conturbada, é preciso analisar o legado de Cléber Xavier com equilíbrio. Reconhecido por sua longa parceria com Tite na Seleção Brasileira, o treinador aceitou o desafio de comandar o Santos em um momento de reconstrução. Seu discurso sempre foi de modernização, com ênfase em posse de bola e intensidade, mas a prática não acompanhou o planejamento.

Houve lampejos de boas ideias: vitórias contra adversários diretos e tentativas de valorizar jovens talentos da base. No entanto, a instabilidade dos resultados minou qualquer chance de continuidade. No futebol brasileiro, a paciência costuma ser curta — ainda mais em um clube como o Santos, que carrega enorme tradição e uma torcida exigente.

Cléber Xavier deixa o comando do time com números que refletem o fracasso: mais derrotas do que vitórias, saldo de gols negativo e uma sequência de partidas sem vencer fora de casa. A goleada por 6 a 0 contra o Vasco será lembrada como o marco definitivo do fim de sua passagem.


O que esperar do Santos a partir de agora

Com a demissão consumada, a diretoria santista se vê diante de uma encruzilhada. A primeira decisão foi entregar o comando interino a um auxiliar técnico da casa, responsável por preparar a equipe para os próximos compromissos. Mas a busca por um novo treinador já começou.

Entre os nomes especulados, aparecem opções conhecidas do futebol brasileiro,  Há ainda a possibilidade de apostar em um estrangeiro, tendência que vem ganhando força entre clubes da Série A, mas que exige planejamento financeiro e paciência.

O desafio, no entanto, vai além do nome do treinador. O Santos precisa reconstruir sua identidade em campo, reorganizar o elenco e recuperar a confiança da torcida. A goleada para o Vasco foi um choque, mas pode se tornar também um ponto de virada, caso a diretoria consiga agir com rapidez e assertividade.

No curto prazo, o objetivo é claro: se afastar da zona de rebaixamento e trazer estabilidade. No médio prazo, o clube busca retomar sua tradição de futebol ofensivo e revelador de talentos. A escolha do novo treinador será crucial nesse processo.


Conclusão: um capítulo amargo, mas necessário

A demissão de Cléber Xavier após a derrota por 6 a 0 para o Vasco marca um dos capítulos mais amargos da história recente do Santos. O placar elástico expôs fragilidades que já vinham sendo apontadas há semanas e deixou claro que o projeto, da forma como estava, não tinha futuro.

O desafio agora é transformar a crise em oportunidade. O Santos, clube acostumado a superar dificuldades e revelar grandes talentos, terá que usar esse momento de dor como combustível para uma reconstrução. A torcida, ferida, espera respostas rápidas. A diretoria, pressionada, não pode errar na próxima escolha.

O futebol é dinâmico, e a história mostra que grandes reações podem surgir dos momentos mais difíceis. O Santos tem diante de si a chance de escrever um novo capítulo — e a goleada sofrida contra o Vasco, por mais dolorosa

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Desfalques do Corinthians preocupam para duelo contra o Bahia nesta noite

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O Corinthians entra em campo hoje contra o Bahia, em jogo importante pelo Campeonato Brasileiro, mas com um problema considerável: os desfalques do Corinthians pesam. O técnico interino terá que montar o time sem seis jogadores importantes: Yuri Alberto, que passou recentemente por cirurgia, Memphis Depay, afastado por lesão muscular, André Carrillo, Cacá e Ángel Romero, todos suspensos. Em meio aos desafios, jovens da base como Gui Negão começam a ganhar protagonismo e podem ser solução para a falta de opções. A expectativa é de um jogo duro na Neo Química Arena, com o Timão tentando superar as adversidades.


Provável escalação do Corinthians: Juventude e alternativas ganham força

Diante dos desfalques do Corinthians, o técnico interino não tem muitas opções além de recorrer à mescla entre experiência e juventude para montar o time titular. A provável escalação do Timão para enfrentar o Bahia conta com Hugo Souza no gol, Matheuzinho na lateral-direita, André e Gustavo Henrique formando a zaga, com Matheus Bidu na lateral-esquerda. No meio-campo, Raniele será o volante mais recuado, ao lado de José Martínez e Breno Bidon, que deve ter papel de criação junto a Rodrigo Garro. Na frente, Kayke e o jovem Gui Negão devem formar a dupla de ataque.

Essa escalação mostra como a equipe precisa se adaptar em meio às ausências de nomes importantes. Sem Yuri Alberto e Depay, por exemplo, o ataque perde poder de decisão, forçando o treinador a apostar em alternativas menos testadas. Rodrigo Garro, com sua visão de jogo e qualidade técnica, terá papel central na articulação das jogadas, enquanto Breno Bidon deverá se aproximar mais do ataque para auxiliar na criação. A missão de finalizar, por sua vez, recai em Kayke, que já teve oportunidades anteriores, e no jovem Gui Negão, promessa das categorias de base.

Essa abordagem alternativa pode surpreender. Times que são obrigados a se reinventar muitas vezes encontram soluções criativas. A expectativa é que, mesmo com limitações, o Corinthians consiga impor seu estilo de jogo dentro de casa, explorando a velocidade e intensidade no meio-campo. Com uma defesa que ainda busca estabilidade, o desafio também será não sofrer gols cedo. A pressão da torcida na Neo Química Arena deve ser uma aliada para empurrar o time e compensar a ausência de peças-chave.


Gui Negão: promessa da base que começa a brilhar no profissional

Em meio às dificuldades provocadas pelos desfalques do Corinthians, uma nova esperança surge no ataque alvinegro: Gui Negão. O atacante, de apenas 19 anos, é considerado uma das maiores promessas recentes da base corinthiana e começa a ganhar espaço no elenco principal. Sua estreia aconteceu em meio a um cenário desafiador, mas sua personalidade em campo e capacidade de buscar o jogo chamaram a atenção da comissão técnica e da torcida. Com velocidade, drible curto e boa finalização, Gui tem mostrado potencial para se firmar entre os titulares, especialmente com a sequência de ausências no ataque.

A partida contra o Bahia pode marcar mais um passo importante na ascensão do garoto. Gui Negão deve começar entre os 11 titulares, e o técnico confia em sua intensidade e atitude ofensiva para dar trabalho à defesa adversária. Nas últimas partidas, mesmo entrando no segundo tempo, o atacante mostrou movimentação constante, vontade e disposição para chamar a responsabilidade. Agora, com uma chance desde o início, a expectativa é que consiga mostrar ainda mais do seu repertório e confirmar o que muitos já veem como um futuro promissor no Timão.

O surgimento de um jovem talento como Gui Negão é um alívio em momentos de crise. Além de ser uma resposta prática aos desfalques do Corinthians, também representa uma conexão importante com a torcida, que valoriza os atletas formados no clube. O atacante sabe da importância da oportunidade que está recebendo e vem demonstrando maturidade fora de campo, falando com humildade sobre sua evolução. Caso mantenha o ritmo, pode ser peça fundamental até mesmo quando os jogadores mais experientes estiverem de volta. Para o jogo de hoje, será um dos principais pontos de atenção da defesa baiana.


O peso dos desfalques do Corinthians no desempenho coletivo

Não é exagero dizer que os desfalques do Corinthians impactam diretamente no desempenho coletivo do time. Perder atletas como Yuri Alberto, Depay e Carrillo – três jogadores que atuam do meio para frente – compromete a construção ofensiva, obriga o time a mudar seu esquema tático e reduz consideravelmente o poder de decisão. Além disso, a ausência de Cacá e Romero tira profundidade defensiva e experiência de campo. A ausência simultânea desses nomes torna difícil manter o padrão de jogo e a intensidade exigida por uma competição tão equilibrada quanto o Brasileirão.

No caso de Yuri Alberto, por exemplo, trata-se de um jogador que, mesmo em fase irregular, atrai marcação, se movimenta bem e abre espaços para outros jogadores. Memphis Depay, recém-chegado, já vinha sendo uma referência técnica com sua qualidade de passe e chute. Sem eles, o Corinthians perde criatividade e referência. Na defesa, Cacá vinha sendo um dos zagueiros mais regulares do elenco, e sua suspensão obriga o treinador a escalar André, ainda em adaptação. Já Romero, mesmo como reserva, é sempre uma arma no segundo tempo, especialmente em jogos em casa.

O grande desafio da comissão técnica está em manter o time competitivo mesmo com as limitações. Para isso, o papel dos volantes se torna ainda mais crucial: Raniele e José Martínez precisarão cobrir mais espaços, proteger a zaga e ainda contribuir na transição. Garro terá a missão de organizar o setor ofensivo praticamente sozinho, e Kayke precisará ser mais participativo do que nunca. Em suma, cada atleta precisará jogar acima da média para suprir o impacto dos desfalques do Corinthians, que vêm pesando rodada após rodada.

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Neymar discute com torcedor santista após derrota

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Na última quarta-feira, 23 de julho, o Santos perdeu por 2 a 1 para o Internacional, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, e o resultado gerou fortes reações entre torcedores e jogadores. O episódio que mais chamou atenção ocorreu após o apito final, quando Neymar, visivelmente abalado, se envolveu em uma discussão com um torcedor santista. A troca de palavras foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais. Segundo o atacante, ele foi chamado de “mercenário” e teve sua família ofendida, o que motivou sua reação. Posteriormente, Neymar divulgou uma nota oficial pedindo desculpas, explicando seu lado da história e reforçando seu amor pelo Santos. O caso levanta uma série de questões sobre a pressão que os jogadores enfrentam, os limites da crítica e o momento delicado vivido pelo Peixe.

Um desabafo emocional: o que Neymar disse após o episódio

Após a polêmica, Neymar decidiu se pronunciar publicamente. Em um comunicado publicado em suas redes sociais, o jogador fez um desabafo sincero sobre a situação. Segundo ele, a reação foi fruto do momento emocional vivido após a derrota, mas ressaltou que não aceita ofensas direcionadas à sua família ou insinuações maldosas sobre seu retorno ao clube. Em seu texto, Neymar deixou claro que respeita o direito do torcedor de criticar, mas reforçou que há um limite

Segue abaixo, na íntegra, o texto publicado por Neymar:

“No calor da emoção é difícil controlar os sentimentos quando você é ofendido de forma injusta. E eu jamais vou discutir com torcedor quando ele me cobra dentro de campo. Ali ele tem o direito de vaiar! O que ele não pode fazer é me ofender, do jeito que ele me ofendeu… Infelizmente, na hora eu só escutei ele falando e o jogo está parado.

Falar que eu sou mercenário junto ao meu pai, falar da minha família e amigos… desculpa, mas é difícil controlar (mesmo sabendo que eu tenho).

Vim para o Santos para ajudar o clube da melhor forma possível, dentro e fora de campo!

E no dia que a torcida achar que eu não posso mais ajudar ou que estou prejudicando o clube de alguma forma, eu sou o primeiro a pegar as minhas coisas e sair.

Santos Futebol Clube é uma das minhas maiores paixões e enquanto eu tiver forças, eu vou fazer o meu melhor por esse clube. Vou correr, gritar e até brigar se for possível pra conseguir colocar o Santos onde merece estar.”

Esse posicionamento tocou muitos torcedores, que se dividiram entre empatia pelo lado humano do jogador e críticas pela forma como a discussão foi conduzida. Mais do que um simples incidente, o caso escancara a tensão entre ídolo e torcida em um momento sensível para o clube.

A relação entre Neymar e o Santos: amor, retorno e expectativas

Neymar tem uma ligação emocional profunda com o Santos. Revelado pelo clube, o jogador brilhou com a camisa alvinegra antes de se transferir para o futebol europeu. O retorno recente ao Peixe foi visto por muitos como um gesto de carinho e compromisso com suas origens. No entanto, junto com o entusiasmo da volta, veio também uma carga pesada de expectativa. A torcida, faminta por resultados, esperava que Neymar fosse o protagonista da reconstrução santista.

O amor declarado de Neymar ao Santos não pode ser posto em dúvida, mas sua convivência com a torcida precisará ser fortalecida por meio de diálogo e entrega dentro de campo. O próprio jogador deixou claro que, se não estiver contribuindo, prefere sair. Essa transparência pode ser um ponto de partida para reconstruir a relação com os santistas — uma relação que, apesar dos atritos recentes, ainda tem muito a oferecer para ambos os lados.

Limites da cobrança e o peso da idolatria no futebol

A discussão entre Neymar e o torcedor também reacende o debate sobre até onde vai o direito de crítica da torcida. Vaias e cobranças são naturais no futebol, especialmente quando os resultados não aparecem. No entanto, quando a crítica ultrapassa o campo esportivo e invade o pessoal — com ofensas à família e ataques à integridade do jogador —, o cenário muda de figura. Neymar deixou isso claro em sua nota: aceitar a vaia faz parte do jogo, mas insultos são intoleráveis.

É importante entender que o futebol é, sim, paixão. Mas também é profissão. Jogadores são atletas, mas são, antes disso, seres humanos. E esse tipo de ataque pode deixar marcas profundas. No caso de Neymar, a relação com o torcedor ofensor ultrapassou a crítica justa e se transformou em um confronto emocional, que só alimenta um ambiente já fragilizado pelo desempenho em campo.

Por outro lado, a idolatria também impõe um peso adicional. Ídolos são, muitas vezes, colocados em pedestais inatingíveis. Quando erram, a queda parece mais dura. Neymar, apesar de ser um dos maiores nomes da história do clube, não está imune a falhas. Reconhecer isso — tanto por parte do jogador quanto da torcida — pode ser o caminho para uma convivência mais saudável. O respeito mútuo, dentro e fora dos gramados, precisa ser prioridade, principalmente em momentos de crise.

O momento do Santos e a pressão por resultados

A derrota para o Internacional foi mais uma de uma sequência de partidas que deixaram a torcida santista preocupada. O clube, que vive um momento de reconstrução após temporadas instáveis, ainda busca encontrar consistência. Com um elenco renovado e expectativas elevadas pela presença de Neymar, a pressão por resultados se tornou ainda mais intensa. E como sempre acontece no futebol brasileiro, quando os triunfos não vêm, a cobrança aparece com força.

Esse cenário complica a atuação dos jogadores, especialmente de figuras como Neymar, que simbolizam a esperança de dias melhores. Cada jogo vira uma decisão. Cada derrota, uma crise. A discussão com o torcedor foi o estopim de um contexto maior, que envolve frustração, cobrança e ansiedade. O time precisa não apenas melhorar tecnicamente, mas também blindar emocionalmente seu elenco.

A comissão técnica e a diretoria têm papel fundamental nesse processo. É preciso encontrar equilíbrio entre desempenho e ambiente. Proteger os jogadores de ataques pessoais, estimular a união da torcida e fortalecer o projeto esportivo são medidas urgentes. A paz entre Neymar e os santistas, por mais abalada que esteja agora, pode ser restabelecida — mas isso dependerá do diálogo, de resultados e, principalmente, de empatia de ambos os lados.

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